segunda-feira, 23 de maio de 2011

David Rock Feinstein - 2010 - Bitten By The Beast


Track List:

01 - Smoke On The Horizon
02 - Evil In Me
03 - Break Down The Walls
04 - Metal Will Never Die (Feat Ronnie James Dio)
05 - Kill The Demon
06 - Rock's Boogie
07 - Give Me Mercy
08 - Run For Your Life
09 - Gambler Gambler

Estilo: Heavy Metal
País: EUA
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Comentário: Com seu estilo inabalável, David "Rock" Feinstein levanta o dedo médio para o modismo e faz aquilo que sabe e conhece bem: Metal Tradicional simples e objetivo. Depois de acabar com o The Rods na segunda metade dos anos 80, Feinstein largou a música e passou a se dedicar somente em cuidar do seu restaurante. Mas como quem domina o estilo nunca esquece a fórmula, o primo do Dio depois de quinze anos afastado da música, não decepcionou e gravou um disco pra ser colocado ao lado dos clássicos cults do The Rods. Feinstein foi ainda um pouco mais longe em sua história e resgatou fragmentos da sonoridade do Elf.

Para atingir esse nível de excelência, David contou com uma peça fundamental nas composições do seu debut solo, o vocalista John West (Artension, Royal Hunt, Cozy Powell). West modificou seu vocal em relação aos trabalhos anteriores que havia gravado, eliminou os "momentos Glenn Hughes" e optou por um timbre mais agudo, mostrando ser um dos vocalistas mais talentosos da década de 90, por saber, sobretudo, se adaptar ao que a sonoridade pede. Third Wish foi todo composto pela dupla West/Feinstein e apresenta composições maduras e pegajosas.

O Feinstein teve seu retorno 'ensaiado' em 2000 com o álbum One Night in the Jungle, onde David gravou juntamente com Jeff Howell (baixo) e Nate Horton (bateria), que estão presentes em Third Wish, play que leva a concepção do full-lenght anterior para um patamar elevado e contando com o apoio de Joey DeMaio, o resultado final foi o mais próximo possível do som oitentista. Completando a banda, ainda tem o tecladista Bob Twining, que tem uma atuação tímida e só aparece com algum destaque na faixa instrumental do disco.

Numa pegada ao estilo Power Metal oitentista, "Regeneration" abre o trabalho e mostra por que John West foi chamado para ocupar o posto de vocalista. "Rebelution" e "Live to Ride, Ride to Live" possuem riffs certeiros culminando em sons que se fossem lançados nos anos 80 possivelmente se tornariam clássicos. A faixa-título já é mais introspectiva e durante quase 10 minutos apresenta um dinamismo com partes acústicas, outras rápidas, refrão inesquecível, e uma grande similaridade com o Scorpions nos solos inicial e final.

Sabe aqueles músicos que sempre reclamam que as coisas não saíram conforme desejado? Feinstein parece ser um desses - como se todos já não fossem assim. Mas a diferença é que Feinstein não se esquiva de 'revisitar' coisas do passado, visando aperfeiçoar ou somente relembrar. "Rule the World" possui o mesmo riff de "Invincible" (do seu primeiro disco solo), tocado em um ritmo levemente alterado, e a diferença maior é a parte vocal culminante, que nem se compara. Outra diferença notável em relação ao One Night in the Jungle são os teclados, que naquele disco ficaram altos e aqui fazem camas quase imperceptíveis.

O mais próximo que esse álbum chega do Heavy Metal com pegada Rock 'n Roll do The Rods é durante "Masquerade". Quando entra o riff, aqueles que conhecem o clássico debut do Rods irão pensar que será executado um cover de "Power Lover". Na verdade, é apenas outro aperfeiçoamento do passado. "Poison Ivy" com sua pegada Blueseira volta ainda mais no tempo. Por mais que esse Blues seja bem diferente daquele que Feinstein fazia ao lado de Dio no Elf, não tem como deixar de relembrar essa época de sua carreira. O Metal Tradicional volta em "Firefighter" e os músicos têm espaço pra demonstrar suas habilidades no encerramento com o instrumental "Inferno".

Muitos podem acusar esse trabalho de ser saudosista demais, mas antes de qualquer coisa, deveriam perceber a devoção empregada nas músicas. Third Wish leva o ouvinte às origens através de composições feitas com garra e demonstra honestidade de sobra ao estilo que se destina. E o talento de John West é um atrativo à parte, suprindo a carência do trabalho anterior. Se depender de Feinstein, o estilo pode ficar escasso, mas jamais esquecido, pois como diria em uma das linhas do cd: "a alma do Metal foi trazida de volta à vida".

Nota: A faixa "Metal Will Never Die" foi a última música gravada por Ronnie James Dio antes do seu falecimento. O nome da faixa não poderia ser melhor para ser a última à ser gravada para uma pessoa como Dio. Long Live Rock 'N' Roll.

Um comentário:

Lord Crusader disse...

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